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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mercado de trabalho mundial


O Fato:



Não há sinal de recuperação no mercado de trabalho mundial-OIT


A austeridade fiscal e as reformas trabalhistas severas não conseguiram criar empregos, levando a uma "situação alarmante" no mercado mundial do trabalho, que não mostra sinais de recuperação, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no domingo (29/04).
Em países avançados, especialmente na Europa, o emprego não deve voltar aos níveis pré-crise de 2008 até o final de 2016 - dois anos mais tarde do que se havia previsto - , em consonância com a desaceleração da produção.
A América Latina está mais saudável, marcada por melhorias no Brasil, na Argentina e no México.
De acordo com o Relatório do Mundo do Trabalho 2012, divulgado pela OIT - agência das Nações Unidas -, cerca de 196 milhões de pessoas estavam desempregadas em todo o mundo no final do ano passado, número que a entidade prevê que passará a 202 milhões de pessoas em 2012, ou a uma taxa de 6,1 por cento.
"A austeridade não produziu mais crescimento econômico", disse Raymond Torres, diretor do Instituto de Estudos Internacionais do Trabalho da OIT, em coletiva de imprensa.
"Nem as reformas mal concebidas do mercado de trabalho podem funcionar no curto prazo. Estas reformas, em situações de crise, tendem a levar a mais destruição de empregos e muito pouca criação de vagas, pelo menos no curto prazo", declarou Torres, principal autor do relatório.
Aqueles que buscam trabalho há bastante tempo estão desmoralizados, e uma média de 40 por cento dos que estão em seu auge produtivo (25-49 anos) nos países avançados estão desempregados há mais de um ano, revelou o estudo.
A taxa de desemprego entre os jovens disparou, aumentando o risco de distúrbios sociais, especialmente em partes da África e do Oriente Médio.
O mercado de trabalho em geral se deteriorou nos últimos seis meses, com uma desaceleração significativa no caso dos países europeus, afirmou Torres. O desemprego está crescendo em um número relevante de países, incluindo mais de dois terços de nações europeias no último ano.
"O foco estreito de muitos países da zona do euro na austeridade fiscal está aprofundando a crise de empregos e pode até levar a outra recessão na Europa", disse ele. "Ademais, há menos progresso em outras partes do mundo, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o avanço na redução do desemprego parece estar diminuindo, e isso parece uma tendência".
A recuperação do mercado de trabalho também estagnou no Japão, afirma o estudo. A taxa de emprego estacionou ou deu um "duplo mergulho" na China, Índia e Arábia Saudita.
Somente seis economias avançadas viram aumento na taxa de emprego desde 2007: Áustria, Alemanha, Israel, Luxemburgo, Malta e Polônia.
O relatório afirma que os países fariam melhor promovendo a qualidade dos empregos e reforçando suas instituições, ao invés de desregular o mercado de trabalho.
Também sugere um melhor uso dos Fundos Estruturais Europeus e um aumento do salário mínimo nos países europeus como forma de "colocar um piso na recessão europeia".
Fonte: Portal R7
O vídeo abaixo é de 2006 e já mostrava a preocupação com o desemprego crescente.

A Opinião:
A Europa tem dito para a América ao longo dos anos: "Eu sou você amanhã!". Vimos o que aconteceu em relação a industrialização, a urbanização e a dinâmica populacional. Assim, se não quisermos ter o mesmo futuro em relação a economia, é fundamental compreendermos as causas dessa crise para não repetirmos os seus erros.
Há tempos que se fala em investir em educação para qualificação da mão-de-obra, mas o importante é saber se o mercado será capaz de absorver essa mão-de-obra que se tornará, em breve, abundante e qualificada. Com a competitividade acirrada pela globalização, onde a competição alcança uma escala mundial, a luta pela sobrevivência das empresas é feroz e não poupam esforços para aumentar a acumulação e aniquilar a concorrência.
No mundo atual, a palavra protecionismo é praticamente um crime, deixando as maiores empresas mundiais livres para dominar as empresas de menor porte em diversos países. 
Com a busca por redução de gastos para ampliar a acumulação de capital em um mundo rodeado por tecnologia, a mão-de-obra humana não precisa mais ser numerosa. As empresas investem em qualidade e buscam funcionários criativos, capacitados e flexíveis. 
O desemprego cresce junto com o crescimento da ganância dos grandes empresários, a tendência é aumentar os focos de insatisfação e os partidos de esquerda ganharem força. O socialismo pode ressurgir repaginado, embora não seja a solução para os problemas mundiais, será uma alternativa adotada por muitos países. Pode-se observar líderes de esquerda (ainda que com muitas atitudes de direita) ganhando espaço na América do Sul e recentemente na França. 
Porém, não é a primeira crise enfrentada pelo capitalismo e não será a última.    Assim como o socialismo, o capitalismo buscará uma repaginação. O poder que já esteve nas mãos dos Estados, das grandes empresas e das instituições financeiras, agora deve ser dividido também com grupos como o BRICS e enquanto o caos está formado, salve-se quem puder.

domingo, 29 de abril de 2012

O sensacionalismo é sensacional?


O Fato: 



Wagner Moura sobre o programa Pânico

“Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.
” O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice ”
O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.
” Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência ”
Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.
No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?”
Fonte: tiporevista.com 



A Opinião:
A crítica do Wagner Moura não foi apenas ao "humor" do Pânico na TV e sim a todos os programas sensacionalistas da televisão brasileira e mundial e os três vídeos acima criticam de maneira ferrenha a televisão. Não que a televisão seja a vilã, ou uma invenção ruim, ou ainda que só tenha lixo. O problema é que a necessidade de apresentar resultados rapidamente em um curto espaço de tempo faz com que ideias absurdas ganhem espaço, afinal os telespectadores também andam sem tempo para pensar.
O humor no Brasil está a cada dia mais agressivo, se assemelhando ao humor praticado nos Estados Unidos onde a graça é a capacidade de ofender ou chocar as pessoas. O pior é que em muitos desses casos ouvimos críticas favoráveis das pessoas afirmando inclusive que este é o humor inteligente.
Diante disso, Charles Chaplin deve estar se revirando no túmulo, afinal fazia humor sem recursos e conseguia realizar críticas construtivas sobre assuntos polêmicos de maneira leve, sendo possível rir e refletir. Humorísticos como o Chaves marcaram uma geração que continua a rir com as mesmas piadas, ainda que estas não tenham conteúdo apelativo.
E o que dizer do jornalismo? Os helicópteros de muitos telejornais se assemelham a urubus, esperando a próxima carne podre para devorar. Os âncoras gritam, esperneam, dão closes nos olhos das vítimas, tudo para aumentar ainda mais o drama das vítimas. As notícias que recebem destaque e reportagens especiais são cada vez mais fúteis ou catastróficas. O "Fantástico" já era para ser chamado de "Sem sal" há tempos. É extremamente rara uma reportagem imparcial e que apresente a verdade dos fatos. 
Porém, realmente é difícil ir contra os que financiam. Como falar (de verdade) contra os governos ou contra as grandes corporações se praticamente todo o espaço publicitário é bancado por propaganda política (não a gratuita) e das grandes empresas? Não adianta mesmo esperar imparcialidade, é necessário pensar e não reproduzir as meias verdades apresentadas. Precisamos melhorar o nosso filtro.
E tem mais, os programas de variedades se tornaram shows de horror, as pessoas que ficam em casa assistindo os programas de domingo podem até entrar em depressão antes das 17 horas. E o texto sobre a baixa qualidade da televisão poderia continuar indefinidamente, mas seria apenas como chover no molhado.
O mais engraçado é que nas redes sociais pode-se observar uma avalanche de críticas aos programas de televisão de baixo nível, mas nenhuma alternativa de mudança. Será que a arte imita mesmo a vida? E se imita, é sinal de que nos tornamos realmente estúpidos?
Bem, se realmente nos tornamos estúpidos fica mais fácil compreender os motivos que levam programas como o "Big Brother Brasil" a serem chamados de realitys shows. A nossa realidade está ficando triste.
Mas, no nosso mundo corrido distrair a cabeça se tornou uma necessidade, até mesmo com programas descompromissados. Além disso, existe sim qualidade na TV e para encontrar basta usar um aparelho bem simples chamado controle remoto. Com ele você seleciona o que entra ou não na sua cabeça. Se você passou por todos os nossos canais e nada te serviu, leia um livro, o seu cérebro e o nosso futuro agradecem.







segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tsunami transporta uma bola do Japão até o Alasca


O Fato:


Jovem japonês afirma ser dono de bola que tsunami levou para o Alasca

Após achar objeto em praia, casal pretende entregá-lo pessoalmente. Nome do garoto de 16 anos estava escrito na bola, presente de um amigo.
Um adolescente japonês de 16 anos, Misaki Murakami, garante ser o proprietário de uma bola de futebol que foi encontrada recentemente no litoral do Alasca após ser arrastada pelo tsunami de 2011, informou nesta segunda-feira o jornal “Asahi”.
A bola, na qual estão escritas várias mensagens com caracteres japoneses que ainda podem ser lidos, foi achada em uma praia na semana passada por um casal, David e Yumi Baxter, que reside nos arredores de Anchorage, maior cidade do estado mais setentrional dos Estados Unidos.
O casal se pôs então em contato com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa, da sigla em inglês) para tentar encontrar o proprietário da bola.
Após ver na imprensa a imagem da bola com seu nome escrito sobre ela, Murakami assegurou não ter dúvida que a bola é sua.
Murakami, morador de uma das cidades da província de Iwate mais afetadas pela tragédia do dia 11 de março de 2011, Rikuzentakata, explicou que a bola foi um presente de despedida de ex-companheiros de classe depois que mudou de colégio.
Sobre a bola está escrita a mensagem “Força Misaki Murakami!”, datada de março de 2005 e assinada por alunos de terceiro ano da antiga escola primária do jovem.
O adolescente se mostrou muito contente com a notícia, já que o tsunami arrasou totalmente a casa onde vivia com sua família e após a tragédia parecia impossível readquirir qualquer um de seus pertences.
Murakami agradeceu por telefone ao casal que encontrou a bola, que, por sua parte, lhe explicou que tem planejada uma viagem ao Japão no mês que vem para entregar-lhe pessoalmente o brinquedo.
Uma grande quantidade de objetos de todo tipo tem chegado ao litoral do Alasca após terem sido arrastados pelo tsunami e atravessarem todo o Pacífico Norte.
Entre eles o Ryon-Un Maru, um barco pesqueiro que por motivos de segurança as autoridades locais afundaram a cerca de 180 quilômetros do litoral do Alasca no início de abril.
Fonte: Correio do povo
A Breve Opinião:
É impressionante como esse simples fato mostra como o mundo está interligado. Se no passado ao perder um objeto em um bairro era difícil reencontrar devido a dificuldade de comunicação, atualmente o objeto perdido atravessa um Oceano e graças as telecomunicações o seu dono pode identificar e requerer objeto que será devolvido em mãos graças aos avanços dos meios de transporte. É a globalização na prática



domingo, 22 de abril de 2012

Niterói quer paz


O Fato:



Manifestação em Icaraí reúne 500 pessoas pela paz, diz PM


Mais uma manifestação para protestar contra a violência em Niterói foi realizada na tarde deste sábado na Praia de Icaraí. Organizado por cinco jovens da cidade, a manifestação “Niterói quer Paz” reuniu, segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas vestidas de branco, com faixas e cartazes nas mãos, que se concentraram na altura da Rua Miguel de Frias, onde foi realizado atos simbólicos. Cinco cruzes de madeira foram cravadas na areia da praia, em homenagem à cinco vítimas de violência na cidade, sendo, quatro destas, apenas do mês de Abril deste ano. Ao redor das cruzes, manifestantes e parentes das vítimas rezaram um pai nosso e fizeram um minuto de silêncio.
Para encerrar a manifestação, uma passeata foi realizada até o fim da praia, onde muitos moradores, que se sensibilizaram com o ato, estenderam toalhas brancas nas janelas dos apartamentos e desceram para reforçar a manifestação.  
No evento, um abaixo assinado estava circulando para recolher assinaturas com intuito de reivindicar ações da segurança pública não apenas em Niterói, mas em todo o estado; além do aumento do efetivo da corporação do 12°BPM (Niterói) - na proporção de 01 policial militar para cada 250 habitantes, conforme orientação da Organização das Nações Unidas (ONU); reforço do policiamento ostensivo a pé e melhorias na iluminação pública, o que, segundo os idealizadores do manifesto dificultaria a ação dos criminosos. 
O objetivo, segundo uma das organizadoras do evento, a estudante Mariana Feijó, de 21 anos, é alcançar 5 mil assinaturas. “Para que outras famílias não passem pelo drama que estas estão passando e para trazer a paz de volta em Niterói é preciso que toda a população se sensibilize e entre nessa luta pela paz e segurança, que é um direito de todo cidadão”, disse. 
Para o presidente da Ong Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, 49, que esteve no local, para que eventos como esses tenham êxito é necessário que a população se empenhe na luta. “É preciso que as pessoas se conscientizem que esse movimento aqui hoje é apenas o primeiro passo. Não podemos achar que ter vindo aqui já fizemos a nossa parte. Essa luta é diária, constante.”, disse. 
Ele ainda relatou outras reivindicações que devem ser atendidas pelo Estado.  “Precisamos também de melhorias no trabalho de investigação da polícia civil, políticas de segurança para as comunidades não pacificadas e políticas públicas para comunidades carentes”, declarou Antônio, que é nascido em Niterói e declarou nunca ter visto a cidade passar por esse momento que vive. 
Uma das presenças na manifestação foi da biomédica Letícia Valadares, prima do estudante Jorge Luis de Carvalho, de 24 anos, que teve morte cerebral no Hospital das Clinicas de Niterói  depois de ser baleado na madrugada do dia 1º de abril, após tentativa de assalto no Ingá. “Além de termos perdido uma pessoa honesta e trabalhadora, que era muito amado por todos nós e pelos amigos, a  rotina da vida da minha família mudou depois deste episódio. Niterói está refém do medo e essa situação precisa terminar. Segurança pública é um direito de todos, acredito que manifestos como esses são importantes para pressionar o poder público a agir”, disse. 

Fonte: Jornal O Fluminense




A Opinião:


Niterói e outras cidades como São Gonçalo, Itaboraí e a Baixada Fluminense estão sofrendo com a falta de planejamento do Governo Estadual que combate a violência utilizando um "cobertor curto", quando cobrem a cabeça, descobrem os pés.
A preocupação em arrumar a casa apenas para receber visitas deixa os moradores com a sensação de abandono. A Copa do Mundo e as Olimpíadas poderiam deixar um legado para o estado do Rio de Janeiro e não apenas para a cidade, ou melhor, não apenas para a Zona Sul e Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Quando surgiu a ideia das UPPs, muitas pessoas já previam essa migração da criminalidade, mas não adianta começarem um "jogo de empurra" com o governo culpando as prefeituras e vice-versa. As UPPs poderiam ser implantadas antes em comunidades já pacificadas e posteriormente irem em direção as zonas mais complicadas, assim o cerco ficaria fechado, mas isso não foi feito e agora resta remediar.
Aumentar o número de policiais e a iluminação pública é um passo, mas seria importante investir na educação do povo e na geração de empregos. Não adianta apenas varrer a sujeira para debaixo do tapete e mostrar uma casa bonita para os turistas, é o povo brasileiro que vive aqui.
Se no nosso país houvesse segurança, facilidade de mobilidade urbana e boas condições de vida para o povo brasileiro, agradaríamos a qualquer turista. Porém, obras para agradar apenas aos turistas, não resolvem em nada o problema dos brasileiros. Se continuarmos nesse passo peço aos governantes que pelo menos não falem em legado da Copa e das Olimpíadas. Não nos tratem como idiotas.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cinema brasileiro se destaca


O Fato:

Cinema brasileiro terá lugar de honra no Festival de Cannes, na França


O cinema do Brasil será o principal homenageado, como convidado de honra, do 65º Festival de Cannes, na França, de 16 a 27 de maio. A decisão foi anunciada pelo diretor do festival e responsável pela programação de filmes do evento, Thierry Frémaux. O cineasta Nelson Pereira dos Santos, de 84 anos, deverá receber uma homenagem durante o festival.
O filme A Música segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos, será exibido em uma sessão especial. "O filme de Santos é uma homenagem a Jobim, o criador da bossa nova", disse Frémaux, referindo-se ao trabalho que conta a trajetória e a forma de criar de Antonio Carlos Jobim por meio da música e do pensamento do compositor.
Frémaux citou ainda diretores brasileiros, como Cacá Diegues, que representa o chamado Cinema Novo com fillmes clássicos - Xica da Silva e Quilombo -,  além de Ruy Guerra, que dirigiu Ópera do Malandro e Os Deuses e os Mortos, entre outros.
No Festival de Cannes, o Brasil foi destaque com o longa metragem de Walter Salles, Na Estrada, baseado no livro On the Road, e Glauber Rocha com Terra em Transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro.
Fonte: Jornal do Brasil

A Breve Opinião: 
A cada ano que passa o cinema nacional ganha mais respeito internacional, agora só falta os brasileiros reconhecerem. Segue abaixo uma pequena lista com bons filmes nacionais, qualquer lembrança acrescentem nos comentários:
Anjos do Sol
Meninas
5X Favela
As melhores coisas do mundo
Tropa de Elite 1 e 2
Tempos de Paz
À Deriva
O contador de histórias 
Divã
Verônica
Se eu fosse você 1 e 2
Estômago
Cidade de Deus
Cidade dos Homens
Quanto vale ou é por quilo?
Meu nome não é Johnny
Era uma vez...
Zuzu Angel
Cinemas, aspirinas e urubus
Ônibus 174
Podem continuar a lista...


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aborto em casos de anencefalia



O Fato:

STF inicia julgamento de ação sobre anencefalia

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciaram o julgamento do mérito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, ajuizada em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade defende a descriminalização da antecipação terapêutica do parto em caso de gravidez de feto anencéfalo.
Para a entidade, obrigar a mulher a manter uma gravidez, ciente de que o feto não sobreviverá após o parto, fere o princípio constitucional da dignidade pessoa humana (artigo 1º, inciso III) e afeta o direito à saúde também previsto na Constituição (artigos 6º e 196). 
Outro argumento é o de que a antecipação terapêutica do parto não é vedada no ordenamento jurídico brasileiro, portanto, sua realização não pode ser proibida sob pena de ofensa ao princípio da legalidade.
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a leitura de seu voto na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, sobre antecipação terapêutica de parto nos casos de fetos com anencefalia.
Antes, manifestaram-se no Plenário o advogado da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), Luís Roberto Barroso, em nome da entidade que ajuizou a ADPF, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pela procedência da ação.
De acordo com parecer da PGR, “não se justifica, sob o prisma constitucional, a imposição de qualquer restrição, sobretudo de natureza penal, à liberdade da gestante de decidir se interrompe ou não a sua gravidez, abreviando o desfecho inexorável da morte do anencéfalo”. 
No parecer, é dito que a questão jurídica debatida na ADPF é fruto do “anacronismo da legislação penal brasileira, editada quando ainda não era possível diagnosticar a viabilidade da vida extra-uterina do feto”.
Ainda em 2004, o ministro Marco Aurélio concedeu liminar para autorizar a antecipação do parto quando a deformidade fosse identificada por meio de laudo médico. Porém, pouco mais de três meses após, o Plenário decidiu, por maioria de votos, cassar a autorização concedida. A discussão, bastante controvertida, foi tema de audiência pública em 2008, ocasião em que foram ouvidos representantes do governo, especialistas em genética, entidades religiosas e da sociedade civil.

Fonte: Jornal do Brasil


A Opinião:


Toda questão relacionada a vida de um bebê é delicada. É muito difícil realizar uma análise racional, sem se deixar levar apenas pela emoção.
Uma questão como o fim da criminalização do aborto em casos diagnosticados de anencefalia vai certamente desagradar uma grande parcela da população qualquer que seja o resultado. Afinal são muitos argumentos favoráveis e muitos argumentos contrários e são todos convincentes apesar de conflitantes.
Caso o aborto de anencéfalos deixe de ser considerado um crime, a responsabilidade sobre a manutenção ou não da gestação até o fim caberá ao casal grávido. Além disso, o julgamento também. Muitos vão apoiar e elogiar a atitude daqueles que decidiram abortar, enquanto outros vão condenar e criticar os pais.
Vejam os argumentos e formem a opinião de vocês nessa que é a questão mais polêmica decidida pelo STF esse ano.