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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Proibição do uso dos celulares


Os Fatos:

Aprovada lei que proíbe uso de celular em bancos de São Paulo

São Paulo pode tornar-se a terceira cidade do Estado a proibir o uso de celulares dentro de agências bancárias. Em votação simbólica com apoio dos 14 líderes de bancada, a Câmara Municipal aprovou ontem projeto da vereadora Sandra Tadeu (DEM) que restringe o uso do telefone móvel no interior dos bancos. Essa proibição já é lei municipal em Franca e Campinas. Entre as capitais, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador também têm legislação semelhante.

O objetivo da restrição é evitar o golpe da "saidinha" de banco. Normalmente, nesses casos um bandido dentro do banco informa o comparsa, via celular, sobre clientes que estão saindo com grandes quantias. Perto do banco ou nas ruas no entorno, a vítima costuma ser atacada pelos ladrões - avisados por quem está dentro da agência. Entre janeiro e julho, pelo menos 12 pessoas foram baleadas na capital nesses golpes.
A lei ainda precisa ser sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab (sem partido). Mas, caso alguma entidade ligada aos bancos conteste a lei na Justiça, a chance de os efeitos da medida serem suspensos é grande. Pode-se alegar que é tarefa somente dos governos estaduais legislar sobre assuntos relacionados à segurança pública, conforme prevê o artigo 144 da Constituição Federal de 1988 - lei nesse sentido foi aprovada por Minas, em janeiro; pelo Rio, em abril, e pelo Ceará, em julho
 
Campanha alerta: é preciso atenção 

O trânsito de Porto Velho foi alvo de mais uma ação integrada da prefeitura com o governo do Estado, no último final de semana, quando os 30 cruzamentos considerados mais perigosos foram alvo de campanha educativa. Com panfletos e faixas, as equipes procuraram sensibilizar os motoristas para que respeitem as leis, como o uso do cinto de segurança, a proibição do celular ao volante e as cadeirinhas para crianças no banco de trás dos veículos. Uma equipe formada por cerca de 320 pessoas foi envolvida no trabalho que compreendeu blitz e pit-stop. 
 

Som no transporte coletivo, ou desliga, ou desce

Dizem que cada um tem seu gosto musical, no entanto, no transporte coletivo de Cascavel tem passageiro que resolve compartilhar seu som com os demais. O ônibus inteiro precisa conviver com “popozudas” e “vidas lokas”, músicas que não agradam todo tipo de ouvido. 
A situação chegou a tal ponto que o vereador Airton Camargo, resolveu interferir e quer acabar com a festa nos ônibus. Entrou em discussão e votação no dia 02/08 um projeto de lei que quer proibir o uso de aparelhos sonoros nos veículos do transporte coletivo. “Muitas pessoas que moram nos bairros e utilizam o transporte coletivo entraram em contato comentando que se incomodam com a situação. Mulheres casadas, moças que estudam, ficam constrangidas com letras que falam palavrões, além do desconforto da música alta”, explica o vereador. Os principais vilões são os celulares potentes e caixinhas de som portáteis, com entrada para cartão de memória que comportam centenas de músicas. 
No geral, os passageiros aprovam a iniciativa. Liliane Marins Faustino usa o transporte coletivo diariamente e comenta que ouvir música alta no ônibus virou moda. “Principalmente em grupos de jovens que estão indo ou voltando da escola. E são aquelas músicas... funk, rap, muitas vezes as letras são constrangedoras, para mim a proibição está mais que aprovada”, comenta a passageira. Ela conta que já chegou a pedir para os jovens abaixarem o som, mas o pedido só fez com que eles aumentassem ainda mais o volume.

Celular ou papel: o que distrai nas aulas

Uma ampla discussão toma conta dos bancos escolares: A tecnologia veio para auxiliar no ensino ou está atrapalhando as aulas e distraindo os alunos? Educadores analisam e buscam alternativas para conciliar o fácil e rápido acesso aos recursos tecnológicos, às práticas pedagógicas. O objetivo: minimizar os efeitos e fazer com que o aluno ainda preste atenção naquela aula onde quadro, giz e um bom livro ainda merecem comparecer.
Mas a grande questão é: será que a distração na escola surgiu apenas com o advento das novas tecnologias da informação e da comunicação? Controlar as conversas paralelas, as risadas e a troca de bilhetinhos é um exercício diário de domínio da classe. E não é de hoje. O problema é que a tecnologia é atraente, e mesmo quando não permitida oficialmente em sala de aula, é a grande promotora da distração entre os estudantes. Um bom celular permite ao aluno acessar seus e-mails, frequentar redes sociais, ‘twittar’ durante aquela explicação na aula considerada por esse aluno menos interessante.
 

Meris Bertin é professora de História e Psicopedagoga, no Colégio Marista e no Colégio Sepam, em Ponta Grossa
“Não acredito que antigamente era mais fácil dar aula, porque apesar de hoje o estudante ter uma carga muito grande de informações, isso não quer dizer que ele tenha o conhecimento, porque esse conhecimento tem que ser construído. Eu percebo que o aluno vem para aula se ele está curioso por o que vai aprender, e é o professor quem precisa mediar o conhecimento desse aluno, mediação essa que pode ser feita através de objetos, pessoas, meios de comunicação, livros, um projeto. Isso vai fazer com que esse aluno não se distraia em sala de aula.
Todas as teorias de aprendizagem que surgiram nos ajudam e dão suporte para dar uma aula melhor. Hoje, o professor tem mais conhecimento, porque ele passou daquele estágio de uma aula tradicional para uma aula mais dinâmica, mais interessante. A tecnologia está aí não só para o aluno utilizar, mas para o professor também. A partir do momento que você cativa os alunos, que você traz coisas interessantes, que dá uma aula interessante, o retorno vai o ser o empenho do aluno. Ele vai querer fazer a tarefa, realizar bem um trabalho porque vai estar interessado.
Como lidar com o celular na sala de aula? Eu acho que é muito simples: basta o professor fazer um ‘contrato pedagógico’ e esclarecer aos alunos, no começo do ano escolar, que o celular precisa estar desligado durante as aulas, e na atividade onde ele pode ser utilizado, quem vai direcionar é o professor. Eles entendem essa linguagem. É só explicar.”
 
 
 
 
A Opinião:

Os aparelhos de telefone celular ou telefones móveis tem como principal função agilizar a comunicação e permitir mobilidade do usuário. Mas sempre encontram um jeito de fazer mau uso de uma boa ideia.
A proibição nos bancos, nas escolas e no trânsito já foram aprovadas, a continuar nesse ritmo devem ser acompanhadas da proibição no teatro, no cinema, nos shows e nas bibliotecas.
Ou seja, o celular está ganhando um "status" semelhante aos cigarros no tocante às proibições, será que o incômodo provocado pelo fumante à sociedade é o mesmo incômodo provocado pelo usuário de um celular? Crê-se que não, porém a capacidade de causar estrago a outras pessoas é tão grande quanto, pois pode levar a acidentes no trânsito causando mortes, pode levar ao aumento dos assaltos na "saidinha" dos bancos, pode desconcentrar um aluno durante as aulas fazendo perder informações importantes.
A pergunta que fica então é: Será que a sociedade não estava preparada para ter em mãos um aparelho com tantas funções? Provavelmente não, a necessidade de restringir o uso prova isso, seja pelo simples incômodo que causa a outros, seja para proteger a vida do usuário e daqueles que estão ao seu redor. Tomara que essas medidas tenham mesmo efeito positivo sobre a população, mas que elas venham acompanhadas de campanhas que conscientizem a sociedade para um uso adequado, que traga benefícios e não prejuízos.

O Debate:

Você é a favor da proibição do uso do celular em bancos?

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