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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Computação cognitiva



O Fato:

IBM cria chip que reage como o cérebro humano

A IBM anunciou o desenvolveu um chip para computador inspirado no cérebro humano.
A tecnologia usada foi designada de "computação cognitiva" e de acordo com a empresa torna possível prever vários fenômenos, que vão de tsunamis a quebras nos mercados financeiros.
De acordo com a IBM esta tecnologia está programada para reconhecer padrões, fazer previsões e aprender com os erros.
O desenvolvimento deste projecto foi patrocinado pelo Departamento de Defesa dos EUA, tendo a IBM tido um financiamento 31 milhões de dólares para criar aplicações com base na tecnologia de "computação cognitiva"
Entre as potencialidades da nova tecnologia estão, para além das previsões dos fenômenos já referidos, o uso do chip na área da medicina, tendo em comunicado a empresa avançado o exemplo da colocação do mesmo na luva de um médico para a transmissão em tempo real de dados do doente no decurso de uma cirurgia.
Esse chip revolucionário imita o funcionamento do cérebro humano e permite fabricar computadores capazes de aprender com a experiência do usuário.
Este novo tipo de computador consumirá menos energia e será mais compacto que os aparelhos atuais, assegurou a IBM.
"Os computadores cognitivos fabricados com este chip serão programados da mesma maneira que os tradicionais. Estes equipamentos aprenderão com suas experiências, vão saber encontrar correlações, desenvolver hipóteses e lembrar resultados, imitando assim a plasticidade do cérebro humano", explicou a companhia.
Dois protótipos de chip foram fabricados e passam atualmente por testes. Ambos foram gravados com uma linha muito fina de 45 nanômetros de silício em isolante (SOI), e possuem o equivalente a 256 "neurônios" (células nervosas).
A IBM está testando dois tipos de estruturas para estes chips: uma com 262.144 sinapses (áreas de interação entre células nervosas) programadas, e outra com 65.536 sinapses de aprendizagem.
O objetivo em longo prazo da IBM é fabricar um complexo de componentes com 10 milhões de "neurônios", ainda muito atrás de cérebro humano que possui 100 bilhões. O desejo é criar 100 trilhões de sinapses em um espaço inferior a dois litros, tudo consumindo até um quilowatt de eletricidade, anunciou a IBM.
Um computador "cognitivo" será capaz, por exemplo, de lançar um alerta de tsunami, analisando informações de diferentes sensores marinhos e coletando dados sobre temperatura, pressão e altura das ondas. Também poderá ajudar os pequenos distribuidores a gerenciar seus estoques de produtos frescos graças ao sentido do "olfato".
Para a segunda fase do projeto, chamado SyNAPSE, a IBM solicitou a ajuda de várias universidades, como a Columbia, Cornell, Califórnia e Wisconsin. O projeto receberá o financiamento de 21 milhões de dólares da DARPA, a agência que financia empreendimentos de alta tecnologia no campo da defesa.
Fontes: Sol.sapo.pt e AFP



A Opinião:

A capacidade de inovação do ser humano é impressionante e essa é mais uma prova disso. Conseguir criar uma máquina capaz de aprender com os erros, com sentidos humanos é algo que seria impossível imaginar há 20 anos.
De positivo pode se ter avanços nas áreas de medicina, indústria farmacêutica, prevenção de catástrofes naturais ou ainda no próprio setor produtivo. Mas, é preciso muito cuidado para que essa criação não seja um tiro do pé dos seres humanos.
No tocante aos empregos, a cada dia mais o homem está a ser substituído por máquinas, mas ainda se sentiam seguros porque a inovação era algo apenas inerente ao ser humano, enquanto restava a máquina apenas obedecer comandos, sem interagir com os conhecimentos.
Agora, caso esse invento obtenha êxito, as máquinas poderão passar a inovar, podendo aumentar ainda mais o desemprego e a concorrência entre as pessoas. Corre-se o risco de ficarmos ainda mais dependentes das máquinas e ainda mais sedentários.
Então existem dois lados da moeda. De um lado, a comemoração pelo brilhantismo, pela genialidade humana, que gera esperança para a cura de várias doenças, por exemplo. Do outro muitas dúvidas que trazem o medo: Qual será o limite? Estamos preparados para isso? Haverá emprego para todos? E quando houver uma pane? Enfim...que venha o futuro, com as respostas e não com novas perguntas!

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