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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Descaso com a educação

O Fato:

Greve de professores já dura mais de 30 dias em MG, RJ e SC

Em pelo menos três estados – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina –, os professores da rede estadual de ensino estão em greve há mais de 30 dias e exigem aumento de salários, entre outras reivindicações. Em Santa Catarina, a paralisação já dura 56 dias.

No Rio, onde a paralisação já dura 35 dias, um grupo de cerca de 30 professores ocupou nesta terça-feira (12) à tarde o prédio da Secretaria Estadual de Educação, no centro da capital fluminense. Houve confronto entre os manifestantes e os seguranças da secretaria. Policiais do Batalhão de Choque usaram gás de pimenta. Uma das reivindicações dos professores do Rio é um aumento emergencial de 26%.

Em Minas, a greve completou 36 dias e ainda não houve negociação entre grevistas e o governo. No item principal da pauta de reivindicações está o pagamento do piso salarial nacional, instituído por lei federal. A Secretaria da Educação informou que o menor salário pago em Minas é R$ 1.122 por 24 horas semanais, contra os R$ 1.187 estabelecidos pela lei federal para 40 horas.

Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que esse piso deve ser composto apenas pelo vencimento básico, sem levar em consideração os benefícios adicionais. Os professores do estado já reivindicavam que todos os abonos fossem incorporados ao salário.
 

Justiça autoriza corte no ponto de professores em greve no RJ

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a liminar concedida ao Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) que impedia o corte do pagamento dos dias parados dos professores. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 51 dias após o início da greve.
Após a decisão, a Secretaria Estadual de Educação informou que resolveu efetuar o pagamento dos dias parados desde o dia 7 de junho. No entanto, a partir de 1º de agosto, quando as aulas recomeçarem, o servidor que estiver em greve terá falta descontada.
"As aulas perdidas terão que ser repostas. Em não havendo a reposição, de acordo com calendário estipulado pela secretaria, o servidor terá o desconto também retroativo", disse a secretaria em comunicado. Até o fim da semana, será divulgado o calendário de reposição das aulas, que devem ocorrer até 15 de setembro.
A secretaria informou ainda que já foi autorizada a contratação de 2,1 mil professores temporários, que podem ser chamados a partir de 1º de agosto, caso haja necessidade de reposição de aulas. "É de fundamental importância que os alunos não tenham qualquer tipo de prejuízo", afirmou o secretário Wilson Risolia.
Uma assembleia geral dos professores foi agendada para o dia 3 de agosto, quando serão definidos os rumos da greve. A categoria exige reajuste de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos.



 

A Opinião:

Até quando o povo vai aceitar as mentiras calado? Saindo pelas ruas hoje, vi em vários jornais que os professores grevistas estão prejudicando a educação pública do Estado do Rio de Janeiro.

Vou dizer quem prejudica não só a educação pública, como também a saúde e a segurança pública. Trata-se dos nossos governantes e atualmente essa culpa é do Sérgio Cabral Filho e sua equipe mentirosa, canalha, corrupta que busca a todo custo usar a mídia para inverter valores tentando colocar a sociedade contra a polícia, contra os médicos, contra os bombeiros e contra os professores.

Ser professor é profissão e não sacerdócio, mas lidamos com pessoas e não com mercadorias, nos envolvemos com nossos alunos e tentamos muitas vezes resolver os seus problemas, às vezes apenas ouvindo desabafos.

A luta dos professores do Estado é por dinheiro sim, por um salário melhor que permita desenvolver melhor a profissão, livre de preocupações, queremos também que os funcionários recebam um salário digno, afinal a educação também passa por eles.

Não somos marginais ou mercenários, mas essa é a forma como querem nos tratar, esse é o rótulo que querem colocar em uma classe que luta pelo bem das crianças e trabalha com dignidade e seriedade para que estes tenham um futuro mais digno.

Se a educação pública realmente tivesse qualidade, se o governo do estado do Rio de Janeiro de fato estivesse atendendo as solicitações dos professores e melhorando a educação, não seria necessário existir cotas para que alunos de escolas públicas pudessem ter acesso às Universidades, afinal a competição seria de igual para igual com a rede particular. Não teríamos um grande número de professores pedindo exoneração a cada dia, pelo contrário, muitos iam lutar para conquistar uma vaga e nunca mais sair, porque fazemos o que gostamos e acreditamos na educação, por isso estamos aqui.

Maldita é a parte da justiça brasileira que julga olhando apenas o lado dos mais poderosos, acredito que essa injustiça será reparada. Querem punir quem faz greve em vez de negociar? Querem calar a boca de quem luta pela educação de qualidade.

A verdade é essa e se alguém tiver dúvidas elabore uma prova e coloque lado a lado, alunos da rede estadual, da rede municipal e da rede particular de ensino e veja quem se sai melhor e quem se sai pior. Vá as escolas das redes estadual, municipal e particular e observe as condições a que os alunos são submetidos. Queremos igualdade! No mínimo que o abismo diminua, queremos dar atenção aos alunos de maneira mais próxima e não ter que trabalhar em mais de 3 escolas para ter um salário digno.

Quer descontar o salário, vá em frente! Quero ver calar a minha boca!

O Debate (Ou melhor, o alerta):

Passe esse post ao máximo de pessoas que conseguir, a verdade precisa vir à tona.

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