Leitura sem fronteiras - Tradutor

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Greve dos professores da Rede Estadual do Rio de Janeiro






O Fato:

Professores decidem entrar em greve por tempo indeterminado (Estado do Rio)

Em assembleia que reuniu cerca de 2.000 profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira (7) a categoria decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. Nesta terça, os professores realizaram uma paralisação em toda rede.
De acordo com o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), a falta de disposição do governo estadual em negociar e atender as reivindicações dos professores e funcionários das escolas estaduais foi o principal motivo para a decisão de a classe decidir pela paralisação.
Na quinta-feira (9), os professores vão se unir aos bombeiros do Rio de Janeiro e fazer um ato nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio), a partir das 16h, para pressionar os deputados estaduais a intercederem junto ao governo do Estado para tentar reabrir as negociações em torno das reivindicações das duas categorias.
Na sexta-feira (10), a partir das 13h, o Sepe, bombeiros e outras categorias do funcionalismo estadual farão uma passeata da Candelária, no centro do Rio, até a Alerj.
No domingo (12), novamente os profissionais de educação, bombeiros e servidores do Estado farão uma passeata na avenida Atlântica, com concentração a partir das 10h, na esquina da avenida Princesa Isabel com avenida Atlântica.
A próxima assembleia da rede estadual será realizada na terça-feira (14) no Clube Municipal na Tijuca, na zona norte da capital a partir das 14h. Neste encontro, a categoria irá decidir os rumos da greve.
A categoria reivindica do governo um reajuste emergencial de 26%, a incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015) e o descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado informou que das 1.457 escolas da rede, três ficaram sem atividades nesta terça. Dos 51 mil professores, segundo a assessoria, 294 paralisaram as atividades.
A secretaria informa que cumpre o plano anunciado para a categoria e somente nesta quarta-feira (8) poderá avaliar se a greve causará prejuízos aos alunos da rede.

Fonte: Portal R7 

 

A Opinião:

 

Ninguém deve se sentir confortável em uma situação de greve nas escolas. O governo, que terá queda na sua popularidade e não terá setores importantíssimo em pleno funcionamento. Os responsáveis pelos alunos, pois ficam com a rotina comprometida e sem saber o que farão com as crianças. Os alunos, que perdem o ritmo das aulas, a qualidade na formação e a motivação para continuar estudando, pois percebe a desvalorização por parte do governo. E os professores e todos os que trabalham envolvidos com educação, que são colocados como vilões, como mercenários, e que terão que repor aulas no futuro sofrendo assim um grande desgaste tanto na parte física quanto na parte mental. 

Esse desgaste ocorrerá no período de greve, por aqueles que estão lutando e mesmo pelos que apenas aguardam, pois a incerteza gera ansiedade. E ocorrerá novamente após com a reposição das aulas. Apesar de tudo o que foi posto, a greve se justifica.

O salário de um professor é incompatível com a importância da função, com o retorno gerado pela sua atividade e com a quantidade de trabalho que este realiza. Além de ser incompatível, é um salário insuficiente para suprir necessidades básicas, o que leva os professores a precisarem trabalhar em muitas escolas para assim conseguir um bom salário.

Porém ao trabalhar em diversas escolas, perde-se um pouco da qualidade. O tempo de preparação das estratégias é menor, a compreensão sobre a necessidade de cada aluno também fica comprometida e a energia que os professores têm para o trabalho enfraquece, muitos ficam doentes e precisam tirar longas licenças.

A greve se justifica também para que a população perceba que a educação no Brasil só vai bem mesmo nas propagandas, além de observarem o descaso dos governantes. O estado do Rio de Janeiro paga aos professores praticamente a metade do salário que alguns municípios como por exemplo: Angra dos Reis, Niterói e o próprio município do Rio de Janeiro.

O tempo dessa greve é indeterminado, os prejuízos serão recuperados através de muito suor até o fim desse ano. Já o atendimento às reivindicações dos professores vai gerar benefícios que durariam muitos anos. Sem investimentos em educação o futuro, que pode ser brilhante, fica sombrio.

Que o governador entenda uma coisa: "Quem planta vento, colhe tempestade".

 

O Debate:

 

Você apoia a greve dos professores?

O que você pensa sobre greves?


Nenhum comentário:

Postar um comentário